terça-feira, 31 de julho de 2007

Adeus, Harry, meu velho


O título é meio dramático, eu reconheço. Mas, depois de ler o último livro da saga de Harry Potter, parece até que já estou com saudade de um velho amigo. Acho que não posso dizer que eu cresci com Harry & Cia., já que eu só fui começar a ler os livros no meio da adolescência e terminei já no começo da fase adulta. Ao menos posso dizer que o vi crescer.

Este post tem um desafio e tanto. Ele deve falar sobre o novo livro sem entregar de imediato seus mistérios - caso contrário, apanharei até de quem está longe. E como colocar em palavras o sentimento em relação ao ponto final desta história (ou de continuação, quem sabe? Tudo depende de J. K. Rowling...)? Difícil. Ainda mais quando não se pode nem "dar nome aos mortos"...

Foram longas (e solitárias: contar para alguém o que acontece no livro é quase como pedir a morte!) 759 páginas, devo dizer. Mas valeu a pena. Valeu a pena acompanhar a vida dos bruxos que não contam seus segredos pros trouxas e acham difícil compreendê-los por seus atos, mesmo quando Harry era o aborrecente mais chato do mundo (mágico ou não, e nem adianta me dizer que ele estava sob muita pressão!) e os mistérios eram tantos que as coisas não faziam sentido (e viva os personagens com livre poder de esclarecer tudo!). E se nem todos tiveram um final feliz ou satisfatório, que se dane: na vida, há os mortos, os não ressucitados, os bravos, os que seguem, dentre infinitos outros tipos. A diferença é que Harry vive num mundo mágico e resolve (parte d)os problemas com um toque de varinha - nós, do lado de cá, é que "fazemos milagres".

Lembrete para mais pra frente: histórias infantis têm lá o seu fundo de verdade - o segredo é a mágica de como contar essas histórias....

2 comentários:

Anônimo disse...

pois bem querida irmã, acho que você pode dizer que cresceu junto à gangue de Harry Potter, porque o que importa não é a idade que você tinha e sim sua capacidade de se encantar por esse fantástico mundo mágico.
Essa é a verdadeira proeza da saga de Rowling, fazer com que adultos e crianças cresçam apreciando as aventuras e desventuras de Mione, Harry e Ron-ron...
É com muita tristeza e felicidade, contradição plenamente compreendida pelos Harrymaníacos, que lerei esse último capítulo.

Valéria Vilas Bôas disse...

Não li, ok? Assunto proibido, já combinamos.