Ah, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor

Em tempos de Jogos Pan-Americanos sediados no Rio de Janeiro, o que não pode faltar são os gritos da torcida: "ah, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" - num daqueles raros momentos em que uma multidão se sente orgulhosa por ter nascido "no quinto dos infernos".

Não que o quadro de medalhas nos dê motivos para tamanha felicidade. E não é que os Estados Unidos lideram o ranking mais uma vez? Mas, tudo bem. Pelo que mostra a cobertura da Rede Globo, o importante é participar e representar o Brasil. Além disso, o público dá um verdadeiro show de incentivo e alegria, seja nas arquibancadas ou ruas da cidade maravilhosa - e o melhor do Brasil não é mesmo o brasileiro?

Na terra em que os entendidos de futebol são reis (ok, a vitória sobre a Argentina na final da Copa América foi ma-ra-vi-lho-sa! - mesmo que ninguém tivesse fé nessa seleção até o fim do jogo), outras modalidades esportivas, finalmente, têm uma chance de conquistar fãs. Certo, o hóquei sobre grama e o beisebol brasileiros ainda não disseram a que vieram... mas foram oito centenas de pessoas que desfilaram na abertura! Oito centena de pessoas não podem disputar futebol, vôlei e ginástica apenas! Ainda há uma chance, não?

E como nem tudo são flores... Daiane dos Santos já abandonou os Jogos Pan-Americanos 2007. Dores no tornozelo direito tiraram a brasileira da competição, que será poupada em nome do torneio de ginástica que acontece em breve. Segue uma lista com o nome dos atletas brasileiros, para saber por quem torcer em qual modalidade.

Por último, o presidente Lula, vaiado (democraticamente!) na abertura do Pan, ressaltou que "o importante é que foi uma abertura extraordinária dos Jogos Pan-Americanos" - embora tenha ficado triste com o ato.

Bom, no fim, o que vale mesmo é competir. É isso aí.