Antes de me decidir pelo curso de Jornalismo, o mais famoso pai dos burros da língua portuguesa, o bom e velho Dicionário Aurélio, me fez compreender que notícia é o relato de acontecimento atual, geralmente de interesse público, veiculado em mídia. Sem parar para pensar nas implicações de seu significado, essa definição apresenta bem a idéia geral. O problema é que eu acabei escolhendo, realmente, cursar Jornalismo e a compreensão do que é notícia deixou de ser tão simples, tornando-se (quase) um enigma.
Não sei dizer se a pergunta "o que é notícia?" foi respondida até esse ponto da faculdade. Só sei que a contagem regressiva para a formatura está chegando ao fim e, de repente, me vejo obcecada em descobrir qual é o fator determinante para que uma ocorrência chegue ao status de acontecimento público.
É claro que eu ainda me lembro das aulas sobre os critérios de noticiabilidade do primeiro semestre. A essas aulas se somaram os momentos de prática com as disciplinas voltadas para as oficinas, quando a delimitação do que é notícia seguiu as possibilidades dos meios (telejornalismo, jornalismo impresso etc) ou, simplesmente, o desejo dos professores (acontece...). E, para complicar ainda mais a cabeça desta em breve formanda, há a fala dos profissionais que estão no mercado de trabalho e que compartilham a sua experiência.
Pelo que deu para entender até aqui, tudo gira em torno de um tal interesse público, de que maneira o atinge e qual a relevância para ele (ou como fazer com que seja relevante). Até tentaram me explicar o que se quer dizer ao se evocar tal "poderosa" entidade. O problema é que, com o passar dos semestres, uma explicação foi se sobrepondo a outra, a confusão foi crescendo e o que eu aprendi é que ninguém tem muita certeza do que se trata. Lógico, todos falam que o jornalismo trabalha em prol do interesse público (parece ser um mantra pelo bem da consciência geral), mas, na hora de definir melhor o termo, acabam vindo à tona conceitos igualmente vagos - a sociedade, a massa, os cidadãos, a comunidade.
Eu, que faço o possível para não complicar demais a vida, fui atrás de definições mais simples que me permitam ser uma boa profissional. Descobri coisas interessantes. Antes de mais nada, notícia é o fato do dia que as pessoas não sabem, mas deveriam saber. Mais: é o fato do dia que as pessoas não sabem e deveriam saber que é diferente, que foge ao comum e melhor ainda quando é inédito. Mais ainda: é isso aí e tudo aquilo que alguém quer esconder - claro, sempre se pautando pelo que é quente. Se possível, que faça denúncia e que deixe as pessoas indignadas porque afeta o seu dia a dia.
Vi, recentemente, um paparazzi estadunidense "esclarecendo" que os verdadeiros jornalistas de Hollywood eram eles, os profissionais que abdicam da noite de sono (ele disse que sua equipe trabalhava das 18h às 9h) para estar em todos os lugares que as estrelas se encontram, sempre munidos com filmadoras e câmeras fotográficas, prontos para "entrar em ação". E qual a relevância, do ponto de vista do interesse público, de mais um vexame de Britney Spears, por favor? Só lamento pelos filhos dela...
O mais importante eu acho que consegui captar (ou gosto de pensar que compreendi, não tenho muita certeza): a atividade dos jornalistas é fundamental para o bom funcionamento da sociedade. E isso me parece óbvio. Quem mais desenvolve as técnicas para arrancar a verdade? Quem mais pode dar visibilidade, traduzindo os acontecimentos de forma isenta? Quem mais leva a reflexão, ao conhecimento, ao desenvolvimento? O jornalismo! E viva a responsabilidade social e o serviço à comunidade!
Já que faço o melhor que sou capaz só pra viver em paz, deixei para o final a melhor definição que encontrei para o que é ser repórter: é ser um bom contador de história. Ok, é contar bem a história e com informação, sem deixar de responder uma pergunta sequer e tendo em mente o tal do interesse público (assunto para um post futuro? Quem sabe...). Ainda assim, é ser um bom contador de história... Disso eu acho que dou conta.
Não sei dizer se a pergunta "o que é notícia?" foi respondida até esse ponto da faculdade. Só sei que a contagem regressiva para a formatura está chegando ao fim e, de repente, me vejo obcecada em descobrir qual é o fator determinante para que uma ocorrência chegue ao status de acontecimento público.
É claro que eu ainda me lembro das aulas sobre os critérios de noticiabilidade do primeiro semestre. A essas aulas se somaram os momentos de prática com as disciplinas voltadas para as oficinas, quando a delimitação do que é notícia seguiu as possibilidades dos meios (telejornalismo, jornalismo impresso etc) ou, simplesmente, o desejo dos professores (acontece...). E, para complicar ainda mais a cabeça desta em breve formanda, há a fala dos profissionais que estão no mercado de trabalho e que compartilham a sua experiência.
Pelo que deu para entender até aqui, tudo gira em torno de um tal interesse público, de que maneira o atinge e qual a relevância para ele (ou como fazer com que seja relevante). Até tentaram me explicar o que se quer dizer ao se evocar tal "poderosa" entidade. O problema é que, com o passar dos semestres, uma explicação foi se sobrepondo a outra, a confusão foi crescendo e o que eu aprendi é que ninguém tem muita certeza do que se trata. Lógico, todos falam que o jornalismo trabalha em prol do interesse público (parece ser um mantra pelo bem da consciência geral), mas, na hora de definir melhor o termo, acabam vindo à tona conceitos igualmente vagos - a sociedade, a massa, os cidadãos, a comunidade.
Eu, que faço o possível para não complicar demais a vida, fui atrás de definições mais simples que me permitam ser uma boa profissional. Descobri coisas interessantes. Antes de mais nada, notícia é o fato do dia que as pessoas não sabem, mas deveriam saber. Mais: é o fato do dia que as pessoas não sabem e deveriam saber que é diferente, que foge ao comum e melhor ainda quando é inédito. Mais ainda: é isso aí e tudo aquilo que alguém quer esconder - claro, sempre se pautando pelo que é quente. Se possível, que faça denúncia e que deixe as pessoas indignadas porque afeta o seu dia a dia.
Vi, recentemente, um paparazzi estadunidense "esclarecendo" que os verdadeiros jornalistas de Hollywood eram eles, os profissionais que abdicam da noite de sono (ele disse que sua equipe trabalhava das 18h às 9h) para estar em todos os lugares que as estrelas se encontram, sempre munidos com filmadoras e câmeras fotográficas, prontos para "entrar em ação". E qual a relevância, do ponto de vista do interesse público, de mais um vexame de Britney Spears, por favor? Só lamento pelos filhos dela...
O mais importante eu acho que consegui captar (ou gosto de pensar que compreendi, não tenho muita certeza): a atividade dos jornalistas é fundamental para o bom funcionamento da sociedade. E isso me parece óbvio. Quem mais desenvolve as técnicas para arrancar a verdade? Quem mais pode dar visibilidade, traduzindo os acontecimentos de forma isenta? Quem mais leva a reflexão, ao conhecimento, ao desenvolvimento? O jornalismo! E viva a responsabilidade social e o serviço à comunidade!
Já que faço o melhor que sou capaz só pra viver em paz, deixei para o final a melhor definição que encontrei para o que é ser repórter: é ser um bom contador de história. Ok, é contar bem a história e com informação, sem deixar de responder uma pergunta sequer e tendo em mente o tal do interesse público (assunto para um post futuro? Quem sabe...). Ainda assim, é ser um bom contador de história... Disso eu acho que dou conta.
2 comentários:
Lari, a questão do contador de histórias eu já sabia... tanto que Forrest Gump é um dos meus maiores ídolos no jornalismo mundial... Vou te dar mais alguns conceitos para o seu próximo post sobre o tema... ser repórter é não ter passado no vestibular mais concorrido e notícia é tudo aquilo que serve para garantir o salário no fim do mês...
P.S: resolveu competir comigo para ver quem entra no Guiness primeiro pelo maior post?
Olha, geralmente de interesse público é foda! Se você não tivesse projeto de tcc ia te dizer que vc tem uma introdução, mas enfim, deixa pra lá.
Quanto à contação de história (ouvi essa expressão ontem e achei o máximo), acho que você dá conta sim =). E viva nós!
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